Este texto foi publicado originalmente no meu antigo blog, mas passo pra cá pois quero fomentar a discussão sobre o tema, que também me interessa bastante…
Música Caipira. Sim, ela existe!
Mas aonde ela foi parar?
Infelizmente, este gênero musical foi deixado de lado há muito tempo pelos meios de comunicação (rádio, televisão). Um gênero com tantas obras-primas e tantos artistas de extrema qualidade, ser deixado de lado, é na minha opinião, um verdadeiro absurdo!!!!
Eu acabei sendo profundamente influenciado por esse gênero musical. Desde pequeno sempre ouvia músicas desse tipo, principalmente Tião Carreiro e Milionário e José Rico (apesar de estes não serem exatamente caipiras, na acepção do termo). Inclusive meu avô, quando moço, tocava viola e dançava o catira, dança típica do interior de São Paulo, dança essa que consiste em bater os pés e as mãos no rítimo da “moda” tocada pelos violeiros do local.
Músicas como: Cabocla Tereza, Chico Mineiro, Boiadeiro Errante, Rei do Gado, entre inúmeras, que eu levaria semanas para escrever neste post, não podem ser deixadas de lado desta maneira. Mas como entender este fenômeno. Para um melhor entendimento, coloco uma citação do livro de Adorno e Horkheimer, Dialética do Esclarecimento:
A chamada “Industria Cultural” acaba por controlar o que deve ou não ser exibido nos meios de comunicação, normalmente o que é mais rentável é exibido, e o que não têm lucro é extirpado como um câncer do convívio das rádios e televisões. A música caipira, nesse processo, acabou relegada apenas aos programas “hora da saudade”, apesar de algumas resistências, principalmente o programa de Inezita Barroso “Viola, minha viola”.
Existe remédio para essa situação. Creio que sim. Quero construir aqui um espaço para colocar alguns aspectos e discussões para se entender o universo da música caipira